Por quanto tempo você consegue ficar sem o seu celular? Pergunta difícil, não é? A realidade é que os aparelhos eletrônicos são uma parte indispensável de nossas vidas, estamos sempre conectados, curtindo, comentando, compartilhando…
Mas será que isso é positivo para a nossa saúde? A dependência de celular é um assunto que tem despertado interesse e, por isso, vamos discuti-lo hoje!
O que é um vício?
Quando você realiza uma atividade prazerosa o seu cérebro libera uma substância chamada dopamina, ela ativa o sistema de recompensa e te faz querer “repetir a dose”. Entretanto, sabemos que nem tudo que reluz é ouro, e que nem tudo que dá prazer faz bem…
O vício é a vontade constante de fazer algo ou consumir alguma coisa em virtude do prazer que aquilo proporciona, mesmo que de forma temporária. A depender do nível, é muito difícil que uma pessoa consiga identificá-lo ou deixá-lo sem a ajuda adequada.
Para evitar o vício, é essencial que você se atente aos excessos no consumo de substâncias, mesmo que lícitas, e na realização de determinadas atividades, mesmo que elas te proporcionem sensações muito boas.
Nomofobia: por que as pessoas tem vício em celular?
Os aparelhos celulares estão cada dia mais completos, e se dissermos que não precisamos deles para realizar uma série de atividades estaremos mentindo.
Conhecido como Nomofobia, o vício em celular é uma patologia moderna que pode ser desencadeada por diversos fatores pois, além de proporcionarem conexão com o mundo inteiro através dos aplicativos de mensagens e das redes sociais – falaremos disso mais a frente – os celulares também têm outras funcionalidades essenciais e podem se tornar um refúgio para algumas pessoas, que utilizam-o para se sentirem mais conectadas, alcançarem popularidade ou simplesmente para ocupar o tempo.
Mas, como funciona a Nomofobia no sistema de recompensa citado anteriormente?
- Quando uma notificação chega no seu celular, seu cérebro libera dopamina na área tegmental central
- Depois, a dopamina vai até a área central do cérebro e causa a sensação de prazer
- Quando chega na parte da frente do cérebro, a dopamina causa impulsividade
- O ciclo se repete, criando um hábito vicioso
Sinais de alerta
O diagnóstico da Nomofobia requer testes psicológicos específicos que avialiam o grau de dependência do paciente. Entretanto, existem alguns sinais de alerta que podem ser observados sem muito esforço. Será que você se identifica com eles?
Como evitar o vício em celular?
Se você consegue enxergar algum desses hábitos como sendo comuns na sua vida, então talvez seja a hora de passar a controlar o uso do celular antes que seja tarde.
Comece lentamente
Não precisa ir com muita sede ao pote. Após notar os sinais da dependência, é possível iniciar, por conta própria, o processo de reeducação no uso do celular. Gradualmente, busque se desvencilhar desse hábito, substituindo-o por atividades mais construtivas e benéficas para sua vida. Adote essa abordagem sem pressa e respeitando o seu próprio ritmo.
Monitore o tempo de uso
Desative notificações
Quem nunca ficou curioso com uma nova notificação no celular? Desativar as notificações dos aplicativos é uma forma de evitar esse gatilho. Comece com aqueles APPs que usa menos e, posteriormente, desative todas as notificações possíveis – exceto, é claro, se você precisa delas ativadas para atividades relacionadas ao seu trabalho, por exemplo.
Participe de outras atividades
Que tal sair um pouco da bolha? Experimente realizar atividades que não precisam do uso do celular, como se exercitar, ir ao parque, biblioteca, cinema ou até mesmo marcar um encontro com amigos que não vê há algum tempo. Se possível, tente deixa o seu celular em casa quando sair, assim você poderá viver aquele momento mais vividamente.
Procure apoio
Se você não conseguir seguir as dicas acima, significa que precisa de um apoio psicológico. Não tenha vergonha em pedir ajuda e compartilhar o seu problema, através do tratamento adequado será possível melhorar a sua qualidade de vida.
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Vício em celular e redes sociais
Todo mundo ama dar aquela espiadinha no que tá acontecendo por aí… Afinal, quem nunca fez uma pausa no meio do expediente ou de uma conversa entre amigos para conferir as redes?
Não há nada de errado nisso, afinal, é natural desejar compartilhar sua vida com o mundo, ou mesmo apenas com as pessoas mais próximas.
O problema, no entanto, está na importância que você dá às interações virtuais. Se um like, um comentário ou um compartilhamento tem um impacto desproporcional em suas emoções, ou se você encontra-se constantemente comparando sua vida real com a “vida digital” de outras pessoas, é possível que o uso excessivo das redes sociais esteja afetando sua saúde mental.
E isso não é uma preocupação exclusiva daqueles que são famosos nas redes; qualquer pessoa pode se sentir perturbada caso não atinja os resultados desejados ao fazer um post. É fundamental reconhecer os sinais de que sua saúde mental está sendo prejudicada e buscar um equilíbrio mais saudável no uso das redes sociais.
Filtrando o que você consome
Filtrar o tipo de conteúdo que você está consumindo é fundamental para evitar o vício e também para que você possa abstrair as coisas negativas do mundo digital, evitando aqueles temas que te geram sensações ruins e gatilhos. Isso implica em fazer escolhas sobre quais contas seguir, que tipo de conteúdo consumir e, como já falamos anteriormente, até mesmo definir limites temporais para o uso.
Essa filtragem não serve apenas para evitar informações prejudiciais, mas também para cultivar um ambiente digital que promova positividade e bem-estar para você e para as pessoas que estão inseridas nas suas redes.
Em suma, as novas tecnologias (como os celulares e as redes sociais) tem um grande poder agregador e podem sim ser benéficas, mas elas também podem ser a razão de problemas relacionados à saúde mental caso não saibamos utilizar com cautela e equilíbrio. Por isso, todo cuidado é pouco e essa atenção nunca deve ser subestimada!